A educação que oferecemos hoje é uma repetição da educação que recebemos no passado com seus métodos e aplicações. Em pleno século XXI é crescente a busca pela inovação e a inserção de recursos tecnológicos para o melhoramento do processo de ensino-aprendizagem.
Apesar de termos tantas possibilidades ao alcance de nossas mãos, muitos problemas ainda assolam a educação nos dias de hoje. E não são problemas novos. Na verdade, a evasão, a reprovação, a falta de interesse dos alunos e a grande quantidade de profissionais despreparados compõem o cenário educacional brasileiro há séculos.
Embora tenhamos professores bem qualificados, com currículo extenso – graduação, pós-graduação, cursos e mais cursos – o que vemos são professores cada vez mais perdidos em meio a uma realidade social e cultural onde o conhecimento entra nas casas das pessoas sem bater à porta, sem pedir licença. Nas salas de aula, são muitos os professores que não sabem o quê fazer, e muito menos, como fazer. São aqueles que, nos cursos de licenciatura e pós graduação, pagam por suas monografias, que seguem os modelos prontos de “como ensinar” que vem no final dos livros didáticos, que seguem os planos de aula extraídos da internet e que são os únicos atores em sala de aula, contracenando com a lousa, contribuindo para a massificação da educação, reforçada pelas avaliações em larga escala, desprezando a individualidade de cada ser e esquecendo-se que, por trás de cada rostinho confuso e desinteressado existe uma pessoa capaz de produzir conhecimento com um grande potencial, potencial este, que precisa ser estimulado e desenvolvido através de práticas educativas inovadoras.
Somos, caros colegas, desafiados a superar este paradigma que paralisa o indivíduo. Isso só será possível se, ao invés de nos fazermos de vítimas e ficar culpando o sistema, assumirmos uma postura comprometida e ética na busca de novas formas de educar, mais reflexivas e flexíveis, associadas com as TICs.